A Revolução do 5G
A tecnologia da Internet 5G promete revolucionar a transferência de dados não apenas entre as pessoas, mas também entre os mais diversos dispositivos e objetos de nosso dia a dia, que em breve estarão todos conectados à rede (internet das coisas).
Com a chegada do 5G, a expectativa é que a velocidade de download e upload da quinta geração de dados móveis seja de 10 a 20 vezes mais rápida do que a sua predecessora, o 4G.
Os mais otimistas esperam que a nova tecnologia permita o atingindo de velocidades de conexão na casa dos 1Gbps (gigabit por segundo, ou 1.000 Mbps), bem superior às atuais redes, que permitem uma velocidade de cerca de 45 Mbps (megabit por minuto).
Isso, no entanto, ainda depende da definição dos protocolos a serem estabelecidos pela indústria, bem como da delimitação da frequência em que se dará a transmissão de dados.
Como a transmissão de dados móveis é feita através de ondas de rádio, cabe definir se a banda de operação se dará nas frequências mais altas ou mais baixas, o que pode interferir em parâmetros como alcance ou velocidade.
Novos usos da internet
A internet móvel de quinta geração é pensada e desenvolvida para o novo contexto tecnológico que se apresenta, com o desenvolvimento e disseminação cada vez maior de dispositivos interligados e conectados à rede, como por exemplo carros autoguiados, drones, casas inteligentes, sistemas de segurança, sensores corporais inteligentes e tantos outros. Já trouxemos um pouco deste panorama em outro texto publicado aqui neste blog, que fala da Web 3.0 e das novas possibilidades tecnológicas.
Para resumir, podemos dizer com certa segurança que, num futuro próximo, basicamente tudo estará conectado à internet. E, portanto, uma rede que seja capaz de suportar tantos dispositivos conectados simultaneamente, recendo e enviado dados de topos os tipos, torna-se cada vez mais necessária.
E para manter todos esses equipamentos e dispositivos atuando em questões tão sensíveis, como por exemplo a segurança e a saúde das pessoas, essa rede precisa ser extremamente confiável, capaz de impedir falhas ou atrasos na comunicação.
Daí a importância da redução da latência, que é resumidamente entendida como o tempo gasto para um pacote de dados sair e chegar de um ponto a outro da rede. Com a rede 5G, espera-se que a latência máxima seja de 1 milissegundo, ou seja, basicamente uma comunicação instantânea.
A latência da rede móvel no Brasil, atualmente, auferida em relatório divulgado em janeiro de 2019 pela OpenSignal, ficou na casa dos 60ms na rede 4G, e entre 78,4 e 98ms na rede 3G.
O atual panorama brasileiro
No entanto, apesar de o 5G prometer alterar de forma substancial a maneira como os dispositivos manterão a comunicação entre si, essa tecnologia parece estar bastante distante da realidade brasileira.
Segundo os últimos dados divulgados pela Anatel, em dezembro de 2018, houve cerca de 229.210.890 acessos por meio de dados móveis, sendo que a tecnologia utilizada para tal fim ficou dividida da seguinte maneira:
- 4G – 129.842.050 acessos – 56,6%
- 3G – 54.728.630 acessos – 23,9%
- 2G – 24.850.063 acessos – 10,8%
- M2M – 19.790.147 acessos – 8,6%
Ou seja, quase metade dos acessos ainda não ocorre por meio da tecnologia 4G, o que evidencia um certo atraso na disseminação desta conexão que, atualmente, é a mais moderna no país.
No mundo, espera-se que a tecnologia de quinta geração, 5G, comece a entrar em operação ainda em 2019, em países como a Coreia do Sul e Estados Unidos.
Como já trouxemos, a implementação do 5G ainda depende de muitos fatores, como a definição de protocolos, testes, e também de definições políticas.
No Brasil, a previsão é que o leilão para definir as operadoras que prestarão o serviço, a ser realizado pela ANATEL, ocorra somente em 2020. No entanto, especialistas da área de telecomunicação acreditam que as operações devam começar somente em 2022.
Novos smartphones e dispositivos serão necessários
Os atuais equipamentos e dispositivos vendidos atualmente (smartphones, tablets e afins) não estão aptos à conexão com a rede 5G. Portanto, para usufruir da nova rede que se aproxima, será necessário também que novos aparelhos e dispositivos sejam desenvolvidos, comercializados e adquiridos.
A expectativa é que os primeiros aparelhos com capacidade para se conectar à rede de dados móveis de quinta geração comecem a chegar no mercado mundial ainda no primeiro semestre de 2019. Empresas como a sul-coreana Samsung e a chinesa Huawei esperam anunciar em breve seus novos dispositivos.
Até lá, por enquanto, tudo é exercício de futurologia, mas em breve já será possível sentir o impacto que esta verdadeira revolução tecnológica (mais uma!) causará em nossa sociedade!