A ameaça do feed de exploração para as marcas no Facebook

Com grande entusiasmo, o Facebook anunciou na semana passada a estreia do feed de exploração para desktop. O espaço é destinado a artigos, fotos, vídeos e outros conteúdos de páginas e pessoas que os usuários não seguem. A novidade, conforme apontamos em nosso artigo anterior, pode ser benéfico para as empresas que usam as páginas na rede social. Em contrapartida, o novo recurso é uma possível ameaça para o alcance orgânico.

O jornal The Guardian publicou na última semana uma reportagem sobre os resultados do novo recurso em outros países. Com base nos dados do CrowdTangle, a publicação apontou uma queda brusca de alcance das páginas em países como Bolívia, Camboja, Eslováquia, Guatemala, Sérvia e Sri Lanka caiu bruscamente. Nessas regiões, a rede social começou a testar para valer o novo recurso, que divide o feed em dois – “principal” e “exploração”.

O feed principal exibe somente as publicações de amigos, familiares e anúncios. O “feed de exploração”, por sua vez, aparece os demais conteúdos. Isso significa que os usuários só têm acesso às postagens de outras páginas se acessarem o espaço para explorar. Por essa razão, as páginas nessas regiões caíram de dois a três terços na última semana, conforme os dados do CrowdTangle – empresa que avalia a audiência do Facebook.

Feed de exploração: ameaça para as marcas

Por que o feed de exploração é uma ameaça?

Caso o Facebook decida adotar o modelo globalmente, o mesmo pode ocorrer com o alcance orgânico das páginas brasileiras. A novidade pode prejudicar as empresas que dependem da página para interagir, anunciar ou vender produtos.

Parece ser mais uma tentativa da rede social de Mark Zuckerberg de lucrar com o marketing digital. Para as empresas aparecerem no feed principal dos usuários, elas terão de contratar o serviço de anúncios da companhia – o Facebook Ads.

Há mais ou menos dois anos, o Facebook já testava modelos semelhantes, diminuindo significativamente o alcance das postagens. Inicialmente, a companhia afirmava que tinha como objetivo diminuir o spam na rede social. Logo depois, admitiu que, para alcançar mais pessoas, teria de recorrer ao Ads.

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